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A ARTE É O NOSSO RELIGARE

Ela nos coloca em criatividade com a vida. O Boi Jatobá é o nosso Totem. É uma manifestação cultural em que a dança, a música e o teatro fazem parte de um contexto, no qual podemos expressar nosso drama, isto é, a complexidade do existir humano. Ele é a fonte que nos religa à sagrada morada, nosso planeta terra. O boi, por ser um animal dócil, que simboliza bondade, calma, força pacificadora, capacidade de trabalho, sacrifício e subserviência ao ser humano, representa, para nós, todos os animais e vegetais. Ele é nosso ícone chave, que sempre será homenageado nesse ritual de transcendência e respeito à vida, à natureza, ao mundo sagrado que nos presenteia com a vida. Nosso agradecimento e nosso respeito a todo ser vivo.

 

 

HORA SAGRADA

O sagrado é necessário ao homem como o ar que respira. Sem espaços sagrados, tempos festivos e gestos simbólicos, faltaria ao homem os sinais vitais de que a grande luz está na vida. E que a vida vai além das perdas, e que um mundo novo sempre estará em gestação. O sagrado deixa transparecer um novo horizonte de valores e significados, sem os quais seria impossível viver e vivenciar  a esperança. A transcendência é algo que induz a experiência humana a buscar sempre aquilo que ainda lhe falta. O homem, como ser inquieto e inacabado, está em constante procura por aquilo que não possui. Tanto na dimensão material, humana, afetiva e profissional, quanto na espiritual. Portanto estamos aqui na busca de novas revelações, novos tempos, novas vida. Luz para o novo alvorecer da humanidade!

 

 

RITUAL ECUMÊNICO

Todo grupo humano realiza, em suas práticas, um momento de concentração e agradecimento ao sagrado por realizar as suas ações pretendidas, antes de iniciar suas atividades. Em nossa brincadeira, começamos também realizando nosso rito ecumênico, de agradecimento e reverência ao sagrado, que nos contempla e presenteia com o direito de identificar e nos maravilhar com suas múltiplas e lindas manifestações.

 

 

O BATISMO DO BOI

Nada melhor do que criar vínculos afetivos que nos unam e integrem com a brincadeira. É nela que nossa capacidade de gostar e de querer bem se manifesta, promovendo alegria e satisfação em nos sentirmos integrados e pertencentes, um momento de sacralizar nossa existência diante do dom maior da vida, de exprimir nossa gratidão pela graça de estarmos vivos, participando com nossa existência e nosso afeto diante da comunidade brincante.

 

 

BRINCANDO O BOI JATOBÁ

Nossa Brincadeira teve como inspiração o bumba-meu-boi maranhense. Por isso, conta com algumas nomenclaturas usadas na brincadeira original:

  • O Batalhão – grupo de pessoas que faz nossas brincadeiras acontecer.
  • Pandeirões – Instrumentos de couro para marcação rítmica das toadas.
  • Matracas – instrumentos feitos de madeiras utilizados na prática rítmica.

Há uma sequência de atos que fazem o nosso bumbar. São eles: Saudar, Reunir, Guarnecer, Lá Vai, A Chegança, A Morte do Boi, a Ressuscitação, a festa e a Despedida.

Hoje todo o roteiro da brincadeira é autoral, ou seja, músicas e textos foram desenvolvidos por nós, com letras, melodias, personagens, figurinos, etc. Temos o nosso brincar, fiel à tradição e ao mesmo tempo criativo e dinâmico.

 

 

ROTEIRO DO BOI JATOBÁ

  1. SAUDAR – O saudar é o momento em que o grupo de atores/músicos e também a equipe técnica saúdam a plateia num ato de agradecimento pela presença de todos, por meio de músicas compostas para o momento:
  2. REUNIR – (O puxador do canto conclama e incentiva os brincantes, indicando que a brincadeira vai começar).
  3. GUARNECER – (Os Brincantes, a postos em volta do Boi Jatobá que está ao chão, aguardam o memento em que o boi irá levantar-se) Música: Guarnecer sob o céu de Brasília, Autores: Geraldo Toledo e Marlos Reis.
  4. LA VAI NOSSO BOI LÁ VAI – (Momento em que o boi levanta e todos seguem juntos, dançando e cantando em movimento) Musica: Lá vai nosso boi, lá vai! De Geraldo Toledo, Théo Gomes, Marlos Reis e Luiz Coelho).
  5. A CHEGANÇA – (O Boi chegou no seu destino, é hora do teatro, quando o Pai Francisco e a Catirina irão alinhavar o destino do Boi) Musica: Na Chegança, Autores: Geraldo Toledo e Théo Gomes.
  6. CENAS DE PAI FRANCISCO E CATIRINA
  7. RESSUSCITAÇÃO – (O desespero de Pai Francisco, por ter matado o bicho de estimação do patrão, coloca-o em energizada fé) Musica: A Ressuscitação, Autores: Geraldo Toledo e Léia Marrod.
  8. A FESTA – (É chegada a hora da comemoração; O boi ressuscita para dar continuidade à brincadeira. É o tempo do festejo) Musica: O Boi Jatobá, autores: Geraldo Toledo e Théo Gomes).
  9. A DESPEDIDA – (É chegada a hora de terminar a brincadeira. Um momento de reflexão e de até mais) Musica: A Despedida, autores: Geraldo Toledo, Théo Gomes, Marlos Reis e Luiz Coelho

 

EQUIPE TÉCNICA

Coordenação
Geraldo Toledo

Grupo de Músicos
Geraldo Toledo
Marlos Reis
Théo Gomes
Breno Trindade

Grupo de Teatro
Jirlene Pascoal
Daniel Pedro
Kamilla Barbosa
Ismael Duarte

Grupo de Dança
Alan Mariano
Clésio Brito
Karitiana Barbosa
Clara Abreu

Grupo de Artesãs
Consola Toledo
Patrícia Almeida
Maria José Duarte
Priscila Almeida

Sonorização
Fenando Fernandes

Iluminação
Sugiro Name

Fotografia
Léia Marrod

Interprete de Libras

Figurinos e adereços
Grupo de Artesãs